Campanha de Ajuda emergencial ao Projeto Kaapora

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Em razão da pandemia de coronavirus, foram impostas várias dificuldades ao andamento do projeto, que começam com o distanciamento social, e vão até a geração de recursos para sua manutenção e continuidade. Os coordenadores não puderam apresentar projetos, nem exercer as demais atividades para geração de recursos, com os quais financiam o Projeto Kaapora. Olinda Yawar que é produtora de audiovisual, e seu esposo, Samuel, geram recursos financeiros com projetos em audiovisual, projetos culturais etc. Essas atividades foram profundamente afetadas pela epidemia. Em razão desta situação, o Projeto Kaapora teve as atividades reduzidas ao que foi possível ser feito fisicamente pelos coordenadores durante todos estes meses. Então as atividades se concentraram em manter as mudas de árvores vivas durante este período. Um reflorestamento necessita de manutenção por um período de tempo. Seja para irrigar as plantas, ou remover o mato que “afoga” as mudas, sempre tem tarefas indispensáveis a serem feitas. O Projeto Kaapora recupera o ambiente em sistema agroflorestal, um sistema que produz alimentos associado à floresta, mas que também exige mais manutenção que um reflorestamento simples. O impacto da situação que vêm ocorrendo é o afogamento das “roças” pelo capim que ressurge na área, haja vista que todo o espaço era pasto.

O Projeto Kaapora está sendo implantado em uma área de 28 hectares, com zoneamento que vai de área em recuperação natural, como o fragmento florestal de quase 3 hectares e seu entorno, até áreas de manutenção temporária de pastejo de gado. As áreas em recuperação natural são cercadas e não entram animais, as áreas em recuperação induzidas também são cercadas e estão em fase de plantio de mudas, como o SAF Guariroba que é a razão principal desta campanha de aquisição coletiva de fundos para manutenção. As áreas onde ainda tem pastejo de animais, são mantidas desta forma para o controle do capim, e as árvores que ali crescem naturalmente são mantidas para a recuperação natural da área, e todo o espaço já se encontra com goiabeiras, limoeiros e nativas em diversas fases de crescimento.

A área de implantação do SAF Guariroba tem aproximadamente 1,2 hectares, e está com 85% do espaço já em processo de transformação. A situação atual é de invasão por ressurgimento de brachiaria em aproximadamente 2.000 metros quadrados, o que é a pior situação possível neste quadro, em razão deste tipo de capim suprimir fortemente tudo o mais que nasce no mesmo espaço; invasão de capim mombaça em aproximadamente 1000 metros quadrados, e touceiras esparsas de Mombaça por toda a área. Os aceiros de proteção contra fogo estão todos precisando ser reabertos, e algumas poucas mudas de árvores necessitam de reposição pois não resistiram. Toda a área está sendo tomada por capoeira, porém esta não será removida totalmente, pois a mesma exerce papel importante na recuperação ambiental, e a mesma deverá ser manejada para fornecer matéria orgânica para o solo e ajudar a manter o sombreamento.

O recurso aqui solicitado visa atender as necessidades urgentes de remoção de capim com enxada, reabertura dos aceiros, limpeza das cercas que fecham o espaço total de 27 hectares e protegem os espaços mais reservados, como a floresta, pequena manutenção dos 600 metros de estrada de acesso à área, e produção das mudas para plantio no próximo inverno, e que são necessárias para completar a cobertura vegetal que ainda falta ser feita no SAF. Para execução destas tarefas, serão contratados indígenas da própria comunidade, que receberão diárias como compensação pela ajuda ao projeto, como também financiamento de mutirões de trabalho no espaço, já que a comunidade também colabora com o projeto desta forma, mas que necessita de transporte do pessoal e alimentação. Serão também adquiridos sacos de mudas, gesso agrícola, sombrite para pequeno viveiro de mudas etc.

Toda a atividade será acompanhada de fotografia e filmes, e será produzido relatório mensal do andamento, com prestação de contas que poderá ser acessada pelos doadores desta campanha.

Para melhor esclarecimento, informamos que o Projeto Kaapora se iniciou em 2015, com a idealização do mesmo, tendo sua implantação sido iniciada em 2016, com a definição da área para implantação e início dos cercamentos, abertura de estrada de acesso, construção de infraestrutura e plantio de mudas que foi iniciado em 2018. Desde então, já foram aplicados cem mil reais em financiamento pessoal dos coordenadores, plantadas mil mudas de árvores produzidas pelo próprio projeto, em especial pela coordenadora Olinda, e executadas dezenas de milhares de horas de trabalho dos coordenadores, de pessoal contratado e voluntários. No espaço já foi desenvolvido e executado o importante projeto cultural e educacional Cunhatã do Caramuru, aulas de apicultura e meliponicultura, e outros projetos ambientais e culturais. O recurso deste financiamento ficará em sua totalidade para a comunidade indígena, sendo que parte colaborará com as famílias que passam dificuldade por conta da epidemia de COVID 19, já que será destinado à ajuda de custo pela contribuição que darão ao projeto. Ademais, tudo que é feito pelo Projeto Kaapora visa a melhoria de condições ambientais da Terra Indígena Caramuru Paraguaçu, e o resgate cultural indígena, sendo um projeto da comunidade para a própria comunidade indígena. Colaborando com esta campanha, você ajuda a recuperação ambiental na Terra Indígena, e portanto o próprio planeta, e o resgate de cultura de povos originários.

Quem efetuar a colaboração estará dando autorização para seu nome constar na lista de apoiadores que é publicada na internet no site do Projeto Kaapora, como doador desta campanha, a menos que explicitamente informe que queira efetuar doação anônima durante o processo de doação, marcando no campo “Quero que meu apoio não fique público”, e também autoriza o envio dos relatórios de uso dos recursos desta campanha para seu e-mail em formato PDF. Caso não deseje mais receber os relatórios, nos responda ao primeiro e-mail recebido dizendo “não desejo receber mais relatórios”.

 

Como curiosidade, recentemente o filme curta metragem, Kaapora O Chamado das Matas direção de Olinda Muniz Wanderley, gravado na APA Kaapora, zona de implementação do Projeto Kaapora, foi exibido no Vancouver Latin American Film Festival 2020, fazendo parte de sua seleção oficial. 

Os recursos serão empregados na medida em que for atingido valor suficiente para cada uma das ações, a começar das mais prioritária. Se por ventura o valor arrecadado exceder o necessário para as ações aqui propostas, novas ações serão executadas dentro do escopo do mesmo projeto.

Reinício dos trabalhos do Projeto Kaapora com a primeira doação de 200 reais recebida. A doação foi feita por artistas que doaram, para movimentos de apoio a quarentenas mais vulneráveis, 50% de seu cachê do projeto Emoticon | série Quarentena, apoiado pelo Edital Arte como Respiro, do Instituto Itaú Cultural. O recurso foi aplicado em capina do SAF Guariroba a fim de serem plantadas mais 50 mudas de árvores nativas e frutíferas. Os trabalhos foram feitos por dois indígenas Pataxó Hãhãhãe que receberam o repasse deste recurso como compensação pela colaboração ao Projeto Kaapora.

 

Publicado por Olinda Wanderley

Jornalista graduada pela FACIIP em 2015

4 comentários em “Campanha de Ajuda emergencial ao Projeto Kaapora

  1. Gostaria de saber o municio e a localização da Aldeia.
    Sou professor da UFRRJ e com pesquisa na área de educação ambiental e agroflorestal.
    Sou Eng Agrônomo e doutor em manejo e conservação do solo e Culturas.

    Curtido por 1 pessoa

    1. Caro professor Carlos. A Terra Indígena Caramuru fica localizada nos municípios de Pau Brasil, Camacã e Itaju do Colônia, no Sul da Bahia. A área de atividades deste projeto, o Projeto Kaapora, fica dentro desta Terra Indígena, e próxima à cidade de Pau Brasil (5km), dentro deste mesmo município. Aqui no site, temos publicado um mapa pelo Google Maps https://kaapora.eco.br/mapa/ , onde você pode ver melhor o posicionamento e dimensões da área, assim como ter melhor noção do estado de conservação da vegetação nativa e o tamanho da área degradada por pastagens que temos disponível para recuperação. Note que dividimos o espaço do projeto em algumas áreas, e a área que estamos mexendo neste momento para restauração tem 1,2ha, e aparece em branco no mapa. Pelo mapa você poderá ter um pouco mais de noção do domínio morfoclimático e fitogeográfico onde estamos inseridos. Aqui é Mata Atlântica, mas no início da zona de transição da morraria para as partes mais planas. Orientações em manejo e conservação do solo são muito bem vindas, e também sobe os sistemas agroflorestais e educação ambiental, trabalhamos com isso. Gostaríamos de poder conversar mais com você. (73)982447142 WhatsApp (Olinda Wanderley) e Celular, por este número você pode conversar com os coordenadores do projeto. Agradecemos pelo seu interesse no nosso trabalho.

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